Ouvindo uma palestra da Dra. Monica de Medeiros, espiritualista da Casa do Consolador em São Paulo, fiquei interessada num tema abordado por ela sobre a doença das emoções. Suas palestras podem ser encontradas no sítio http://www.casadoconsolador.com.br/
Ela conta que ao entrar em contato com um ser extradimensional expressou o desejo de trabalhar com cura, ao que o ser contatado respondeu que primeiro ela precisaria se autocurar. Ela estranhou pois não identificava nenhum problema específico de saúde. Então o ser extradimensional explicou que os seres humanos são portadores de doenças das emoções.
E lembrando de inúmeras palestras e livros lidos na área do espiritualismo, sempre é indicado o forte componente mental na produção das doenças adquiridas na presente vida e na ativação das doenças de caráter kármico. Emmanuel cita que a quase totalidade das doenças é de origem mental. André Luiz descreve minuciosamente, em sua obra psicografada por Chico Xavier, a complexidade das relações entre atividade mental, emoções e doenças. A atividade mental mobiliza um sem número de movimentos corporais e psicológicos, predeterminando o funcionamento geral da nossa vida terrena e extraterrena.
Como sou extremamente autorreferente, identifico nos meus ataques de fúria, primeiro uma ideia persistente que acaba me encaminhando para uma discussão, finalizada sempre pela minha violência verbal, desequilíbrio emocional total, afastamento das pessoas, choro, silêncio, reflexão, arrependimento, oração e retorno paulatino ao contato e conversa com os outros. Depois de um tempo exponho verbalmente o reconhecimento da minha ignorância e descontrole e assim vai. Só aguenta me acompanhar na vida quem tem grande paciência ou um espírito de generosidade extrema. No dia seguinte aparece uma bolhinha de herpes labial que, dependendo da instalação ou não de um desânimo, pode desaparecer ou não. Quando me recupero com otimismo, autoperdão e proatividade, ela desaparece quase instantaneamente. Quando eu persisto num baixo astral, autorrecriminação, desalento e revolta, aí ela se desenvolve e perdura até por uma semana.
Eu observo esse movimento das manifestações do estado doentio entre minha atividade mental e os reflexos nas emoções e na saúde física, há muitos anos. E com certeza, já melhorei mil por cento, apesar de ainda estar anos luz do que almejo como equilíbrio pessoal.
No momento em que as ideias começam a compor o conteúdo da minha atividade mental, eu tenho me esforçado por identificar a sua origem. Na maioria das vezes eu percebo que o caráter das ideias é relacionado à concepções de vida que eu considero apropriadas para a "Marcia velha, ultrapassada", aquela que me esforço por superar. Elas sempre são atreladas a fundamentos egoísticos, presos a paradigmas de orgulho, vaidade, amor próprio exacerbado e muito distantes do universalismo cristão que profiro e pelo qual desejo encaminhar minha existência.
Seria muito fácil atribuir a origem de tais ideias a outros seres não visíveis para mim, os chamados obsessores, mas eu tenho conhecimento o suficiente para saber que nenhum ser se avizinha e tem o poder de influenciar minhas ideias caso eu já não as tenha em mim.
A opção de cultivar essas ou aquelas ideias tem a consequência de gerar estados emocionais que terminam por criar campo eletromagnético doentio ou saudável para o ser integral, com reverberações no campo físico e no campo espiritual. Numa concepção holística do ser humano, temos que considerar todos os corpos e sua simultaneidade em várias dimensões.
Se não controlarmos o caráter de nossas ideias estaremos deliberadamente deixando nossas emoções vinculadas a um psiquismo primitivo e de reações não reflexivas. Tal como um animal acuado, gritamos, gesticulamos e afrontamos, como numa demarcação de território e preservação de poder e supremacia. Tais reações foram interessantes para a sobrevivência da espécie e para o desenvolvimento de nossa individualidade, mas para nossa transcendência evolucional, já não servem mais.
Sem controle das emoções, sem uma reflexão séria de suas origens e de como modificá-las, é impossível se pensar em saúde integral.
Para tanto a autoconsciência, o famoso "conhece-te a ti mesmo" socrático, ainda é o único caminho de autocura.
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