giovedì 25 settembre 2014

Conversando sobre "morte".

Sábado passado soube da morte de uma tia minha, cunhada de meu pai, ao mesmo tempo que meu companheiro também perdia uma tia materna. Estou aqui há três anos e três meses e, nesse período, já ocorreu a morte de 20 pessoas de meu conhecimento, entre parentes, amigos e colegas, fora mais de cinco do conhecimento de meu companheiro, sem contabilizar os famosos e importantes para a coletividade.
Lembro de sempre conversar sobre o tema morte com minha falecida avó materna, ela vivia me perguntando se iria continuar viva, para onde iria, quem encontraria, como seria... e um dia, uma prima mineira, ao acompanhar nossa conversa, falou depois comigo que achava muito tétrico o papo, e eu disse à ela que pensava ser muito salutar, afinal o fenômeno da morte, até o presente momento, é evento inevitável, e é melhor tratar com tranquilidade acerca dele do que se desesperar ao enfrentá-lo.
Sempre dizia para minha avó que quando vamos viajar nos preparamos bem, nos informamos sobre o local para onde iremos, quais objetos devemos portar, com quem nos encontraremos, onde nos alojaremos, quanto devemos despender em tal aventura. Sabemos que poderemos encontrar imprevistos, mas, em geral, partimos com expectativas otimistas. Esse era meu argumento com ela para justificar a importância da conversa sobre o evento morrer. Já que é inevitável, deve-se, na minha opinião, versar sobre ele de forma coloquial e, ao mesmo tempo, profunda. Da mesma maneira que me preparo para viagens, me preocupo em estar mais habilitada para lidar com a minha morte e das pessoas com as quais tenho vínculos, e até mesmo com a morte de desconhecidos.
Parto do pressuposto de que nada morre ou desaparece no universo, de que toda matéria é energia, de que tudo se transforma, de que há ciclos de existência, daí que o que nomeamos morte é um evento de transformação, de finalização de um ciclo.
Aquilo que se expressa como vida humana tem um aspecto material visível, mas há também notadamente uma constituinte imponderável que imprime significado à nossa expressão no mundo. Esse aspecto imponderável que podemos chamar vulgarmente de alma, consciência, espírito, mente, é indestrutível após a morte do corpo físico, mas continua a expressar-se com identidade própria para além do alcance limitado de nossa dimensão material. Podem-se utilizar inúmeras citações religiosas e científicas, metafísicas e metacientíficas para fundamentar tal concepção de morte: budismo, hinduísmo, espiritismo, kabbalah, metapsíquica, teosofia, projeciologia, conscienciologia, estudos sobre parapsicologia, EQM (experiências de quase morte) e TCI (transcomunicação instrumental), tendo como suportes conhecimentos de física quântica, astrofísica, arqueoufologia, entre tantos outros.
Chavões como "a morte é um mistério", "dela ninguém voltou para informar coisa alguma", "ninguém voltou para dar sinal de vida", demonstram um desconhecimento dos construtos teóricos e práticos acima mencionados. Há inúmeros relatos de casos e experimentos cientificamente acompanhados que demonstram a continuidade da existência humana fora do corpo físico, em vida física e após o seu término. Claro que não me referi à uma ciência restrita aos cânones acadêmicos, mas à uma ciência holística e interdependente que dialoga sem escravizar-se às regras cartesianas, aos aspectos da linearidade, da repetibilidade mecânica de fenômenos controlados, os quais tem seu mérito em determinados contextos, mas sem validade universal para todos os eventos estudados.
Quando se fala em comprovação da vida após a morte física, pensa-se em termos de um sujeito cognoscente que se mantém, mesmo após "morto", cognoscível aos cognoscentes "vivos"; ou seja, quem morre continua aprendendo e pode ser apreendido pelos vivos, mas, em se tratando de uma inteligência ativa, deve-se depreender que ela é também sujeito de sua manifestação, e não apenas objeto de pesquisa como um rato de laboratório recluso em uma gaiola. Não se trata de uma pesquisa que pode pautar-se por cânones clássicos da ciência moderna, mas que deve se abrir para uma perspectiva holística do objeto estudado, inclusive com a interferência do objeto que se traduz como sujeito, como vemos especificamente na TCI, onde inteligências de pessoas, humanas e não humanas, colaboram e até mesmo induzem experiências científicas para o contato e o registro de suas manifestações, comprovando a existência de outros âmbitos para a vida consciencial, que não só a dita "vida humana terrena".
Não existem definições fechadas, verdades estabelecidas e nem descrições universalistas. As informações que se obtêm em tais estudos são diversificadas, e abrem imensas janelas para se vislumbrar uma infinidade de possibilidades de vida para além dos limites de nossas percepções físicas.
Conversar sobre tal tema abre espaços mentais, favorece a constituição de sinapses que permitirão a identificação de tais ideias como habituais, que serão base para a construção de novos conceitos e novas concepções sobre a morte, produzindo possibilidades de novos caminhos para a pesquisa pessoal e a profissional. Porões escuros e fechados produzem monstros imaginários e ali não entramos com medo de travar encontros com o desconhecido. Salas abertas, iluminadas e arejadas nos permitem identificar os elementos presentes e com eles travarmos contato. Assim são as conversas sobre a morte, são janelas que permitem vislumbrar novos horizontes que são descortinados por nós e, ao mesmo tempo, construídos por nós, como verdades provisórias que nos alentam e nos sustentam em nossas experiências de "perdas" nas várias fases da vida, aqui e além.



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