Mas ontem, assistindo ao programa televisivo Che tempo che fa, deparei com uma belíssima fala de Roberto Saviano, na qual ele descreveu a trajetória do pianista Michel Petrucciani, portador de uma doença incurável que lhe partiu os ossos por toda a vida, mas nunca o impediu de desenvolver e aprimorar seu talento. Com dores físicas intensas, inclusive com ossos partidos durante seus concertos, ele nunca deixou de praticar ou interrompeu uma apresentação.
Eu, com uma vida tranquila, sem problemas físicos ou psicológicos de grande monta, com tanto amor e amizade em meu entorno, me dei ao luxo de não ter inspiração. Larguei uma vida organizada e estável junto aos meus queridos do coração para viver um amor, enfrentar o desafio de uma nova vida num lugar distante e diverso, com uma rotina agradável e benfazeja e me limito a me deixar dominar por saudades... quando há tanto a partilhar... penso, refletindo agora, que é um dever compartilhar o pouco que se tenha, e o que eu tenho são minhas palavras como veículo de meus sentimentos e pensamentos. Consciente do poder da fala de Saviano sobre meu animo d'alma, desejo hoje novamente exercer esse meu pequeno mister.
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