Desde muito jovem tive grande interesse em percorrer caminhos de religiosidade. Fui motivada primeiramente ao frequentar o Catolicismo por orientaçao familiar. Depois, por questionamentos pessoais aparentemente insanaveis, dei por me encontrar no Espiritismo. Na busca por ampliar o estudo e a pratica da religiosidade tentei praticar o Budismo Tibetano e, por fim, hoje me autodenomino Espiritualista universalista, sem religioes ou dogmas absolutos, mas procurando a Verdade nas verdades enunciadas nos credos de percepçoes mais amplas. Quero aprender com todos que tem algo a dizer de significativo para a construçao da minha cosmovisao, e penso que a grande motivaçao foi e continua sendo a minha busca continua por Deus.
Deus foi uma ideia sendo construida em mim num progressivo abandono da visao antropologica que as religioes em geral adotam. Muitos me auxiliaram a pensar Deus: Jesus Cristo, Kardec, Buda, Einstein, Dewey e as inteligencias de outras dimensoes, em condiçoes corporeas ou nao, que tem manifestado suas concepçoes acerca da divindade, seja por tradiçoes orais, escritos conscientes, mediunidade, canalizaçao, escritas extradimensionais ou transcomunicaçao instrumental.
Sinto-me como alguém que dispensa as corroboraçoes restritivas da racionalidade cientifica e valoriza a intuiçao como modo de conhecer. Ha coisas que sinto e sei e que, raciocinadas logicamente, se conjugam conformando uma concepçao, uma ideia, um argumento que para mim dispensam os exercicios de um ceticismo exacerbado. Para mim sentir e pensar sao sentir-pensar, nao duas coisas mas uma em continuidade com a outra até o ponto em que, no exercicio, sao uma so. Se pensar desprezando minhas intuiçoes e sensaçoes, me reduzo a um paradigma que me impede de penetrar outra dimensao além da terceira, da métrica, da objetividade positivista. Se sinto sem raciocinar, posso estar sendo levada por intençoes alheias que manipulam meu imaginario. Entao, sempre o caminho do meio. Sentir-pensar.
Reflito sempre acerca de uma frase recorrente de um amigo meu, Joao Vieira, sobre "a presença escandalosa de Deus em nossas vidas". Nos momentos mais amargos de minha vida nos quais vibrava em niveis muito baixos permitindo a entrada em minha psicosfera de individuos espirituais na mesma sintonia que a minha, quando parecia que a vivencia da angustia existencial tendia para a nadificaçao total mergulhada em nihilismo, eu tinha sinais que mais pareciam "neons" à minha frente. Por vezes pessoas desconhecidas inesperadamente e de formas inusitadas atravessaram o meu caminho, me interpelaram e proferiram ditos e palavras justissimos para a minha situaçao. Manifestaçoes mediunicas de psicografia incidiam em teor exatamente sobre minhas perquiriçoes mentais mais intimas. Sonhos e desdobramentos me colocaram diretamente em contato com entidades que, simbolicamente e até diretamente, demonstravam o que eu significava para elas e quais as tarefas em que eu me colocava na minha condiçao de interexistencialidade, ou seja, no aqui e agora e na minha paralela convivencia fora do corpo fisico da terceira dimensao.
Sao coisas que nao podem ser levadas ao laboratorio, controladas por cientistas nem restritas às visoes religiosas, sao experiencias particularissimas e que, ao serem partilhadas por meio de discursos, encontram similaridades em outras pessoas, o que reforça a universalidade de suas manifestaçoes.
Deus, enquanto uma força criadora universal que a tudo da vida primordial, é vivido e nao meramentre pensado pelos seres de todos os espaços. Todos os seres cumprem a divindade em si quando se encaminham em vibraçoes de amor e paz, quando se empenham em seus proprios processos de ampliaçao de sua subjetividade em comunhao com os demais seres do seu entorno numa perspectiva de vastos e infindaveis horizontes.
A presença escandalosa de Deus em nossas vidas é um recado muito gentil e amoroso das entidades espirituais nos dizendo que, nao importa em que mundinho estejamos inseridos momentaneamente, nos somos, todos somos, muitissimo importantes para o concerto universal da criaçao, manutençao e recriaçao de seres e mundo.
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